E ele continuava ali, parado. Não sei quanto tempo passou sem ele mover um centímetro sequer, até parecia que não respirava. Mas eu o entendia perfeitamente. Ela havia partido, deixando pra trás tudo o que eles tinham conseguido nesses dois anos de convivência.
Eu não sabia o que fazer, por isso continuei sentado do outro lado do quarto, olhando para o chão. Eu ia deixar ele só, mas ele disse que precisava de mim, então fiquei.
O silêncio era perturbador. Eu queria consola-lo, mas eu não era bom com as palavras. Eu era o tipo de amigo que ouve o que os outros têm a me dizer.
Ele olhou pra mim e, pela primeira vez desde que soube sobre o acidente, chorou. No mesmo instante, atravessei o quarto e o abracei o mais forte que pude, com a intenção de amenizar a dor que ele sentia, mesmo sabendo que isso não seria o suficiente.
Passado algum tempo, ele parou de chorar. Ele estava cansado, não havia dormido desde que soube a notícia. Eu sabia que não seria fácil pra ele, tampouco pra mim porque Aline era a pessoa mais doce que eu conhecia e era a pessoa que Jorge mais amava.
Não tinha ideia de como seria de agora em diante, mas deixa-lo dormir um pouco era a melhor coisa a se fazer, por enquanto.
5 comentários:
nossa *-* sem comentários... gostei muitoo
http://just-me-and-the-world.blogspot.com/
vai ter continuação ?
*.* amei... Reeee!
Nossa, que triste D:
Vai ter continuação? :D
beijos!
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