1 de jul. de 2010

O barulho dos pingos da chuva que cai me faz querer ficar imóvel aqui, do mesmo jeito que estou desde que a música começou a tocar.

A mente não trabalha mais a todo vapor, não há necessidade de gastar tanta energia pensando, não agora. Só preciso me concentrar nas notas que saem do violão e chegam até mim. A música mudou, não é a mais a mesma. Agora o trovão completa a melodia do violão. Chuva cai, mais forte e concentrada que antes, como se tivesse certeza de que seu objetivo é cair.

E continuo imóvel e mais certo de que devo continuar aqui, deitado, até a chuva passar. O sol nem precisa aparecer, o barulho dos pingos só precisa cessar para que eu sinta vontade de me mover. Não há mais trovão, só o violão. Não há mais letra, só melodia.

Um comentário:

Anna Beatriz disse...

Nossa, muuito lindo e profundo . :)
Tá perdoado, beijos!