10 de dez. de 2011

Carreira solo



Para ouvir ao som de Adele, Someone Like You.



A música conta a nossa história, ela sussurra nos nossos ouvidos, mas nós estamos deficientes e não escutamos... Eu estou anestesiada a toda melodia que possa me encantar e enganar. Você parecia ser a rima perfeita para a minha vida. Errei o tom, perdi o dom. O dom de amar.

Perdemos a partitura, desafinamos, trocamos a letra. Nossa história se transformou em uma batalha sangrenta. Encontramo-nos a meia luz pela cidade, nos entreolhamos e damos as mãos aos nossos novos amores. Novos contos, novas notas. Mas as mesmas lembranças.

Éramos a dupla do ano, merecíamos o Oscar pela trilha sonora do filme no qual vivemos, pela canção que ecoava na vida de que estivesse ao nosso redor, a canção vinda dos meus batimentos cardíacos quando os meus lábios encontravam o seu. Era amor e, inevitavelmente, sempre será.

Algo dentro de mim, bem lá no fundo, diz, ou melhor, esbraveja – ou apenas sonha – de que um dia o seu timbre dará cor a minha guitarra. E pela porta sai, mais uma vez, um candidato ao seu cargo. Ele não conseguiu alcançar o dó, ré, mi que só nós conseguimos. Não encontro um substituto a sua altura; os nossos erros são tão nossos. Entre sambas e chorinhos, nos amávamos.


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O que falar da Camila? Acho que conhecer ela foi a certeza de que não é preciso muito tempo pra gostar de alguém. Foi assim com ela. Conheci (pessoalmente) essa menina que vive Dias Frenéticos um dia desses e com ela veio junto muita felicidade, risos, amigos novos e já muitas histórias pra contar. E gentilmente ela concordou em participar do OUTRO INCONSTANTE. Fico muito feliz em ter um texto meio incomum dela aqui no blog. Ela saiu um pouco da sua zona de conforto, a política, e deu um pouco mais de Camila nas palavras aqui publicadas. Agradecimentos mil.

4 comentários:

Amanda Campelo disse...

Puta covardia tua ter posto a diva Adele para reger as tuas belas palavras. Mas mesmo sem a trilha perfeita a qual colocaste, ainda seria um majestoso texto!

Gustavo Ferreira disse...

Mas é um talento!

Bruno Eleres disse...

Texto interessante. Lembro que eventualmente me sinto desta forma diante algumas situações...

Mayara Costa disse...

Apesar de poucas, sim, as palavras da minha frenética me surpreenderam, mais uma vez!! Magnífico.