5 de jan. de 2012

Quando a gente custa a dormir

Photo: we♥it

Nessas noites, em que a gente custa a dormir, tudo o que eu mais quero é receber um telefonema, telefonema. Aquele que vai me fazer abrir um sorriso antes mesmo de olhar pro celular, pois vai tocar aquela música, a tua música. Aí eu atendo com a voz meio embargada, mas perceptivelmente empolgada e te ouço dizer que estavas sem sono, que resolveste ligar porque sabia que eu também estaria acordado. E eu abro outro sorriso, que tu não consegues ver do outro lado da linha, mas com certeza sentes. Então, de repente tu me pedes pra vestir uma roupa qualquer, que preferes me ver a tentar dormir, que passas aqui em dez minutos. Sem pensar duas vezes, visto minha calça jeans, aquela que tu me deste de presente, ponho a primeira camisa que vejo na frente (e me lembro que disseste que essa cor me caia bem) e rezo pra dez minutos durarem  um segundo. Ouço a buzina e corro pra porta. Ainda tenho que trancar a casa, que saco, que demora. Depois abro a porta do teu carro e vejo teu sorriso, ah!, e só penso em te beijar. Te beijo e são quase três horas da manhã. Pergunto aonde vamos e tu só queres ver as estrelas, comigo do lado. Minha resposta é um sim convertido em mais um beijo. O carro acerela, tua mão na minha, nós dois felizes por estarmos acordados, vamos ver as estrelas, lá naquele lugar que é tão nosso e...

Mas o telefone nunca tocou. Acho que nem vai tocar, logo nessa noite em que custo a dormir.

2 comentários:

Gustavo Ferreira disse...

Esperar, esperar, esperar...

quaresma. disse...

depois da meia noite, tudo pode acontecer, meu caro. pode confiar ;)

beijas, minha castanha do pará! ;*
s2