24 de jul. de 2011

Vida em cena

É fácil julgar e dar conselhos quando se está do lado de fora. Fácil, fácil.

Apesar de eu, às vezes, reclamar da minha vida monótona, eu também fico aliviado em não viver "intensamente" - o que eu assisto os outros fazerem e eu, no lado de fora, ainda palpito quando questionado, mesmo sendo leigo na maioria dos assuntos em questão.

Eu passo por isso agora, já passei antes. Mas paira uma grande indecisão entre continuar sendo coadjuvante e querer ser protagonista nessa história. Por mais que eu não passe por muito, deixar o lado de fora e entrar em cena se faz preciso, porque isso é vida.

Vida: sorrisos, choros, abraços, brigas... Isso, sim, parece viver pra mim. E eu quero viver.

Hoje - assim como antes - sinto uma enorme necessidade de ser o que é preciso ser, na vida que se deve viver, seja lá como ela é definida. Creio que seria até melhor. Queria preferir excesso à falta nessa minha vida cheia de vazios, que assim como eu esperam qualquer coisa para preenchê-los. Claro que nada é tão simples e unipolar assim, mas agora meu foco é o vazio. Porque em muitos aspectos, eu ainda continuo do lado de fora, telespectador, assistindo coisas/pessoas/oportunidades/momentos passarem, esperançosamente esperando chegar o dia em que alguém vai bater na porta e me dizer: "entrando em cena em dois minutos".

2 comentários:

Amanda Campelo disse...

nhóooo meu lindo.Amei o texto,e sabes o pq.
Certamente estar do lado de fora é beeeeeem mais fácil.Hoje eu preferiria o vazio,mas o excesso também faz parte.Afinal, que graça teria a vida se tivesse um único pólo?
Obg por sempre estar aqui para me dar conselhos *____*

Thaís A. disse...

Que bonito, Renan, gostei demais.
As pessoas têm um conceito tão distindo da vida, e cada um segue aquilo que está disposto, né?