Um dos meus maiores medos é um
dia ficar sozinho. Completamente por minha conta, sem ninguém pra me dar um
abraço, ou me dizer uma palavra de conforto quando for preciso, ou apenas pra
dividir o silêncio de uma tarde qualquer. A solidão sempre me assustou muito. Por
mais que muitas vezes eu pareça não me importar em estar só e fazer as coisas
por conta própria, não sei se conseguiria suportar viver um dia sem saber que
existe alguém que acredita em mim, que pensa em mim de vez em quando, alguém
que sente saudade das minhas conversas, ou até quem sabe alguém que não consiga
viver sem mim.
Ah, eu sou um reclamão! Hora ou
outra lá estou eu reclamando das coisas que não andam muito bem, das relações
não são mais as mesmas, da bagunça o meu dia-a-dia, do excesso de compromissos
na falta de tempo... É, eu reclamo. Por mais que eu sempre ouça alguém dizendo
que existem pessoas em situação pior que eu por aí – o que é indiscutível –, sempre
acreditei que cada um tem o direito de reclamar dos seus próprios problemas.
Ninguém sabe a cruz que outro carrega, a não ser quem sente o peso delas nas
costas. Sim, acho válido reclamar, mas quando logo após se procura uma forma de
resolver os problemas, de melhorar o que anda ruim, de construir algo novo e
que te faça realmente feliz.
Minha vida anda corrida,
tumultuada. Tenho enfrentado coisas novas e bastante desafiadoras pra mim. E apesar
de muita coisa ter mudado – coisas que às vezes eu inconscientemente peço para
voltarem ao que era antes –, eu sei que eu não tô completamente desprotegido,
no fim das contas. Não há dúvidas que eu sou o único que sei o tamanho real das
coisas que eu vivo, mas no caminho que eu trilho, sei que tem gente segurando a
minha mão, torcendo, nem que seja de longe, pra que eu consiga chegar ao fim
com a certeza de ter feito meu melhor, de ter podido contar com a ajuda direta
e indireta de pessoas que realmente se importam comigo.
Por eu saber que seria impossível
fazer sequer metade do que eu consigo fazer hoje sem a contribuição de pessoas
que me amam e se importam comigo – e que eu também amo e me importo com –, é
que me ver sozinho me assusta tanto.
O texto não tinha essa finalidade
quando a ideia surgiu na minha mente, mas me vejo na obrigação de agradecer a
todo mundo que de alguma forma passou pela minha vida e contribuiu, seja
positivamente ou não, pra que eu esteja onde estou e seja o que eu sou hoje. Eu
realmente não seria nada sem tantas pessoas que foram de extrema importância
nessa minha curta jornada nesse planeta azul. A todos que passaram e se foram,
aos que vieram e ficaram, e aos que ainda vão me encontrar por aí algum dia,
muito obrigado.
2 comentários:
Eu tenho medo da solidão e do escuro. É horrível, já sonhei várias vezes com os dois, com o passar do tempo talvez isso mude ou piore.
Ás vezes me pego imaginando quem será que estará do meu lado daqui há 10 anos...
Beijos
Ahhh, de naaada!
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