25 de fev. de 2013

Vivendo lá


Os melhores textos nascem de emoções à flor da pele. Particularmente, os meus nascem depois de histórias, de filmes. Não importa se no cinema ou na poltrona no sofá ou deitado na minha cama lendo um livro, um pequeno caderno e uma caneta sempre estão por perto. Eles se fazem extremamente necessário quando eu dedico um punhado do meu tempo para viver uma história que não é a minha – por enquanto. É ser espectador que deixa as coisas mais interessantes. É poder me envolver de maneira intensa com tudo o que eu vejo e leio e logo após poder desfrutar do sentimento que me preenche no final. Felicidade, dor, morte, alívio, medo, esperança – não importa muito. Eu posso muito bem me aproveitar disso e transformá-los em palavras, em outras histórias, em minhas histórias. E eu os transformo, sem amarras nem medo de represálias ou acusações de “plágio”. Eu sou o dono da liberdade pra dar forma ao que eu sinto e posso usá-la como bem entender. E vou usando enquanto o sentimento estiver percorrendo o meu corpo, até ele se esvair. Uma hora ele se vai por completo, mas deixa palavras, as histórias. É mais um motivo pra eu escrever: tentar aumentar o tempo de vida de sentimentos diversos que me são proporcionados por outros meios que não sejam a vida em ação. Viver é o que precisa ser feito, não há discussão, mas não há mal nenhum em viver outra vida por algum tempo. Aliás, faz muito bem pra alma. E pra redação.

Photo: thiii

2 comentários:

Aluada disse...

- constantemente eu vivo vidas que não são minhas. apenas as pego emprestadas ;D

saudades, nenéin ;***

Ana Luísa disse...

Olá Renan, obrigada pela visita no blog, volte sempre! :)
Eu também adoro me perder dentro dessas histórias que não são minhas.. <3