Photo: weheartit |
Ando querendo mais tempo. Não que
eu ande sobrecarregado e sem tempo pra respirar, mas tempo nunca é demais. É igual
chocolate. Ou sexo. Ou chocolate com sexo. Ando sentindo falta de fazer algumas
coisas que simplesmente eu não conseguia viver sem – e não tô falando só
de sexo. Livros, por exemplo. Na verdade, livros principalmente. Ah!, como eu ando querendo tempo pra deitar na
cama, abrir um daqueles cinco livros que comprei e ainda nem comecei a ler e
simplesmente lê-los. Sem compromissos, apenas me deixando levar pela vontade de
querer mais e mais. Eu não posso me dar ao luxo de fazer isso sempre. Tenho
outras coisas pra fazer e pra ler, que não são necessariamente ruins, mas às
vezes se tornam ruins por obrigação. E tenho outros compromissos e bastante
tempo perdido no trajeto até eles, na volta pra casa – que infelizmente não me
dá possibilidade de abrir um livro no meio do ônibus lotado e ler.
E filmes? Ah, saudade de pipoca,
leite condensado e refrigerante, o notebook jogado no chão, assim como eu. Vontade
de tempo – e de segurança – pra sair pelas ruas, em um dia qualquer, e fotografar
qualquer coisa que meus olhos acharem bonitos, que eu achar que valha a pena
ser registrado, que valha a pena ser lembrado. Perder-se no tempo é um
sentimento ruim.
Pelo menos a música nunca saiu da
minha rotina completamente (saudades, violão). Dou um jeito, vou com os fones
no ouvido durante a ida pra faculdade e ainda encontro um tempinho pra me
arriscar a aprender hip hop. Disso eu não reclamo muito.
No final das contas, mesmo com
tanta coisa pra fazer, acho que o ponto é organizar meu tempo. Mas juro que eu
não importaria se o governo ou o novo papa ou qualquer poder supremo
adicionasse umas horas a mais no dia. Juro que parava de reclamar de não ter
tempo pra essas coisas – por enquanto.
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