12 de mar. de 2013

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Photo: weheartit

Ando querendo mais tempo. Não que eu ande sobrecarregado e sem tempo pra respirar, mas tempo nunca é demais. É igual chocolate. Ou sexo. Ou chocolate com sexo. Ando sentindo falta de fazer algumas coisas que simplesmente eu não conseguia viver sem – e não tô falando de sexo. Livros, por exemplo. Na verdade, livros principalmente. Ah!, como eu ando querendo tempo pra deitar na cama, abrir um daqueles cinco livros que comprei e ainda nem comecei a ler e simplesmente lê-los. Sem compromissos, apenas me deixando levar pela vontade de querer mais e mais. Eu não posso me dar ao luxo de fazer isso sempre. Tenho outras coisas pra fazer e pra ler, que não são necessariamente ruins, mas às vezes se tornam ruins por obrigação. E tenho outros compromissos e bastante tempo perdido no trajeto até eles, na volta pra casa – que infelizmente não me dá possibilidade de abrir um livro no meio do ônibus lotado e ler.

E filmes? Ah, saudade de pipoca, leite condensado e refrigerante, o notebook jogado no chão, assim como eu. Vontade de tempo – e de segurança – pra sair pelas ruas, em um dia qualquer, e fotografar qualquer coisa que meus olhos acharem bonitos, que eu achar que valha a pena ser registrado, que valha a pena ser lembrado. Perder-se no tempo é um sentimento ruim.

Pelo menos a música nunca saiu da minha rotina completamente (saudades, violão). Dou um jeito, vou com os fones no ouvido durante a ida pra faculdade e ainda encontro um tempinho pra me arriscar a aprender hip hop. Disso eu não reclamo muito.

No final das contas, mesmo com tanta coisa pra fazer, acho que o ponto é organizar meu tempo. Mas juro que eu não importaria se o governo ou o novo papa ou qualquer poder supremo adicionasse umas horas a mais no dia. Juro que parava de reclamar de não ter tempo pra essas coisas – por enquanto.

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