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Se você me conhece ou pelo menos
conviveu algum tempo comigo, deve saber que eu sou apaixonado por inglês. Isso tudo é
culpa da música. Desde pequeno sempre gostei mais de músicas internacionais e
até hoje ainda prefiro cantar I love you a Eu te amo. E depois da música
vieram os filmes, o cursinho de inglês, as séries, hoje os livros, e então o
inglês nunca mais saiu da minha vida - tendo sido, inclusive, considerado como
possibilidade na hora de escolher o que eu ia fazer na faculdade. Apesar de
todo o meu amor pela língua e, consequentemente, pela cultura, isso não
significa, de maneira nenhuma, que eu não goste do bom e velho português.
Mesmo acreditando que gostar de
certa língua não anula o fato de eu poder gostar de outra, já ouvi muitas
pessoas dizendo que eu "deveria dar mais valor a cultura do meu
país". Não vou entrar, assim como não entrei, na discussão de qual cultura
é melhor - até porque isso não é uma competição, não existe vencedor. O que
algumas pessoas não entendem é que eu não desprezo a minha cultura, longe
disso. Só que assim como eu me identifico com elementos da cultura
brasileira, eu também me identifico com a cultura de outros países. Ainda bem
que hoje é possível conhecer praticamente o mundo inteiro. Santa Globalização! (Não sei do que seria de mim se eu não conhecesse um pouco da cultura coreana e
não escutasse K-Pop hoje.)
O fato é que identificação com
elementos de uma cultura não te leva, necessariamente, a exclusão de outra.
Tanto é que, por mais amor que eu tenha pela língua inglesa, prefiro
imensamente ler textos escritos em português - sejam eles de autoria brasileira
ou bem traduzidos. Nada flui tão bem, na minha opinião, quanto a junção
das palavras e a construção das frases de um texto em português - ou em
brasileiro, como preferir. Sujeitos, predicados, apostos, vocativos, advérbios,
frases, orações, períodos e o que mais a nossa complexa língua nos puder
permitir. Eu acho isso lindo. Assim como eu também acho lindo o inglês das músicas Alanis, do Paramore, dos livros da JK Rowling, o coreano cantado pela Ailee, o francês das músicas pop que Jenifer faz, o
espanhol literário e jornalístico de Gabriel Garcia Márquez e o que mais eu puder agregar ao meu gostar.
Agregar sempre, não excluir.
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