14 de dez. de 2013

Maria

Please be honest, Mary Jane: are you happy?
Don't censor your tears.

E então, Maria? Me diz a verdade, por favor. Eu posso tá te pedindo isso agora, mas eu juro que é pensando em ti. Eu te peço: seja sincera contigo mesma, mulher. Porque não adianta andar por aí sorrindo mais do que todo mundo a tua volta quando por dentro tá tudo uma bagunça, aquela mesma que nunca tiveste coragem de arrumar. Por que ser assim? Não precisa atuar o tempo todo. Isso não te cansa, não? Porque eu já taria cansado há um tempão e teria mandado todo mundo pro inferno. E teria chorado depois. Não, chorar não é coisa feia, tira essa ideia da cabeça. Chorar faz bem, muitas vezes, pra fazer doer menos essa vida meio porra-louca que a gente vive todo dia. E eu acho que além da sinceridade, acho que precisas chorar. Mas chorar mesmo, daquele jeito que os olhos ficam vermelhos e você soluça tanto que parece que não vai mais conseguir respirar. Mas aí você consegue respirar porque o choro uma hora termina - seja porque você já chorou tudo o que tinha pra botar pra fora ou só porque você não tem mais forças pra chorar. E depois de chorar, depois de aceitar tudo, as coisas ficam melhores, a gente consegue pensar com clareza e ter pulso firme pra mudar essa vida. Bom, pelo menos foi assim comigo. Eu espero que as coisas sejam assim pra ti também, se possível mais fácil, porque eu sei que uma hora tu cedes, tu pedes arrego de todo esse peso que vens carregando no teu coração. Vai por mim, Maria: quanto mais cedo tu fores honesta contigo e com teus sentimentos, melhor pra ti e pra todas as pessoas que te amam.


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