inconstante.

E eu quase esqueci. Sou um insensível mesmo. Como eu pude quase esquecer de ti, que tanto sabe sobre mim; que é uma ponte, minha conexão com o lá, uma janela onde eu posso ver e ser visto - às vezes, melhor que quem tá aqui perto - porque a tua visão é a minha.

És meu diário aberto, que qualquer um pode ler e a partir daí descobrir um pouco mais de mim em ti. E através de ti, conheci pessoas que, assim como eu, tem um pouco de si pra mostrar pra quem quiser ver, ou apenas pra desabafar de um jeito lindo nomeado escrever.

Tu és uma promessa que, felizmente, eu tô cumprindo. Pois é, né? Pra quem pensou que tu não viverias um mês, uma ano é muita coisa. E quanta coisa acontece em um ano, concordas? E a maior parte delas estão em ti.

Espero que ainda sobrevivas mais um tempo. É, depende de mim, depende do que me rodeia, depende dos/as incômodos/alegrias que vou viver. Mas eu ainda tenha certeza que vais me ser útil por um bom tempo. E mesmo se não fores, não te preocupas que não pretendo te matar, pretendo te deixar viver, nem que seja do meu passado.