23 de jun. de 2013

Decidido

Eu nunca tive certeza de muita coisa na minha vida. Não-seis, talvezes, incertezas. Será que isso é o certo a se fazer? Eu realmente vou ser feliz se eu seguir por esse caminho? Mas que caminho é esse? Eu tô realmente aqui porque eu quero estar? Ou eu só estou? O que eu acho sobre aquele filme? E aquele livro que li semana passada? E a política interna, como anda? O que é política interna mesmo?

Uma das poucas certezas que tenho na vida é que nunca fui certo de muito. Nunca achei isso bom, mas não conseguia encontrar o jeito certo de mudar esse meu jeito. Não, esse texto não tem o propósito de anunciar a descoberta da solução do meu maior problema. Infelizmente. Mas, pelo menos, esse texto serve pra gritar ao mundo inteiro que eu finalmente abracei a coragem que eu tinha medo de ao menos tocar. Coragem de tentar mudar essa minha realidade, coragem pra mudar o meu eu. Sair da minha inércia e procurar o eu satisfeito e feliz de fazer as coisas que eu faço. Porque não, eu não estou feliz. Talvez não seja o jornalismo que eu ando estudando e esteja sendo formado pra exercer. Talvez não seja o trabalho mecanicista que eu tenho realizado de duas às seis da tarde, de segunda a sexta. Que fique bem claro: o problema não é o jornalismo ou o mecanicismo: sou eu, que estou no lugar errado. Aquela velha história do “não é você, sou eu”. Sou eu que não tinha coragem pra procurar algo que me fizesse realmente querer levantar da cama, acordar com vontade de viver o meu dia da melhor forma possível, trabalhando da melhor forma, sendo alguém melhor, fazendo algo melhor por mim – sendo feliz por mim. Porque eu venho vivendo há muito tempo em função de outros que não eu. Altruísta pra caralho. E eu preciso parar de pensar tanto nos outros, fazer pelos outros, viver pelos outros. Preciso lembrar de mim, de que eu existo e de que não adianta sorrir para todo mundo e no fim do dia chorar no quarto, batendo cabeça pra encontrar uma solução pra minha infelicidade e ao mesmo tempo querendo deixar todo mundo ao meu redor feliz também. É impossível abraçar o mundo, eu sou pequeno demais pra isso. Então melhor é eu começar a me abraçar e fazer valer a pena cada dia vivido.

Não vai ser do dia pra noite, tenho pela consciência disso. E não vou ser louco de jogar tudo pro alto e recomeçar do zero. Não sou tão corajoso assim. Um passo de cada vez, porque apesar de eu ter certeza de que não encontrei meu lugar, eu ainda não sei qual ele é, afinal. Vou começar a tatear no escuro, procurando pelo desconhecido e torcendo pra que eu esbarre na felicidade no meio do caminho. Mas continuar parado aqui não dá mais.

Um comentário:

Ariana Coimbra disse...

O segredo da paz de espirito/felicidade é viver primeiro pra nós mesmos e depois sim pensar nos outros.

Belo post!

Beijo